sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Louça com assinatura

No tempo das nossas avós, louça de grife era louça cara. Jogos com muito mais do que 30 peças, certificado de procedência (de preferência europeu), com bordas douradas, relevos e outras firulas do gênero. Tudo muito chique, de fato. Mas os anos se passaram e louça de grife, hoje, implica em peças assinadas por grandes estilistas, arquitetos e designers renomados. Afinal, ser fino hoje em dia tem muito mais a ver com peças que representem seu estilo (ou do seu estilista ou designer favorito) do que com ostentação ou conservadorismos que faziam mais sentido antigamente. O que estimula fabricantes de porcelana e consumidores a investir na louça da casa diferenciada pela assinatura famosa é justamente a busca por um estilo. Aqui no Brasil, a Tok & Stok e a Oxford são duas das empresas que seguem essa trilha. A primeira elegeu Alexandre Herchcovitch para batizar uma linha de canecas com desenho de caveira (marca registrada do estilista) e também uma outra de utilitários - que esteve à venda por tempo limitado. Já a Oxford apostou no talento do arquiteto Marcelo Rosenbaum - que colocou seu nome em pelo menos cinco linhas da marca. Lá fora, Calvin Klein já criou peças para a loja de departamentos norte-americana Macy's. Kenzo assina jogos de pratos que já nasceram com ar de objeto de colecionador. As estampas exuberantes de Versace estão em vasos, pratos e baixelas. A francesa Cacharel também dá o ar da graça em pratinhos de porcelana com estampa delicada. Até o designer Philippe Starck integra o time dos criadores de louças bacanas. São peças diferenciadas, para um público diferenciado - que entende o luxo como algo que vai além do preço ou do design tradicional. O conceito e o ar contemporâneo é o que vale.

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