domingo, 10 de agosto de 2008

Armani, sempre.

Um jantar com o homem ou a mulher dos sonhos: como se vestir? Tanto eles quanto elas tem certeza que com uma roupa Armani não tem erro, segundo uma insólita pesquisa sobre a percepção do luxo realizada na Internet pela consultoria Burson Marsteller Mindstyle. Para atrair os internautas, a agência organizou um "jantar virtual", uma espécie de questionário on-line realizado por dois atraentes avatares (personagens virtuais), Angelina e Marc, que perguntaram a mais de 1500 pessoas (59% homens e 41% mulheres) o que ostentariam em uma noite com eles. Entre os homens, 49% optaram por um traje Armani, acompanhado de um relógio. Para 23% das mulheres, a sedução também está ligada a uma roupa Armani, junto com um belo colar (38%). Os dois sexos estariam de acordo em relação ao champanhe, Dom Perignon, mas divididos sobre o que fazer após o jantar. Para eles, é válido convidá-la para sua casa, enquanto elas prefeririam sair para dançar ou passear sob as estrelas em uma local romântico.
Em relação ao índice quantitativo da pesquisa, sobre as marcas mais citadas por blogs (45,63%), fóruns (46,88%) e newsgroup (7,5%), todas as grifes mais conhecidas foram confirmadas na liderança. Armani (21,8%) para a moda, Louis Vuitton (19,94%) para os acessórios, Ferrari (15,52%) para os automóveis, Dom Perignon (11,9%) para as bebidas e, única surpresa da lista, Morellato (18,4%) para as jóias. Para a maior parte dos entrevistados, luxo é uma palavra cada vez mais imaterial, que envolve estilo de vida (33%) ou exclusividade (23%). Para apenas 34% dos internautas, o conceito de luxo está ligado ao status symbol, visto, no entanto, por 28% como um fator negativo, ligado a um estilo de vida exagerado. Segundo o sociólogo italiano Domenico De Masi, existem dois desejos de luxo, um quantitativo, que se origina pela acumulação de riqueza, poder ou objetos, e um outro qualitativo, que responde à necessidade de introspecção, amizade, amor, jogo, convivência e beleza. No primeiro caso, o luxo confere valor, no segundo é criador de sentido. "A cultura pós-moderna não vai mais em busca de objetos, visto que já existem muitos, mas busca reconhecer a beleza naquilo que já se tem", observa De Masi, que comentou a pesquisa.O verdadeiro luxo, portanto, "é aquilo que, diante de uma sociedade que homologa, estabelece as diferenças, ainda que cada vez mais infinitamente pequenas", concluiu o sociólogo.

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