quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Semana de Moda de Milão




A visão geral sobre a semana de moda de Milão, de que a cidade abraça as tendências de última hora, não é de todo inverídica, mas é bom não esquecer que também desfilam por lá, Bottega Veneta, Jil Sander, Prada e Marni. A Marni (foto 1) desfruta merecidamente de um status raro. Consuelo Castiglione tem um senso de proporção que não oscila. Nos últimos anos, ela andou cunhando algumas formas que o mundo adotou com segurança. Os grandes magazines sabem que os vestidos simplificados, que circulam pelas suas araras, têm uma dívida silenciosa com ela. Esta coleção vai ainda mais longe, principalmente na cor e na estamparia. A Burberry (foto 2) trouxe uma infinidade de tons de lavanda e hortência, com a delicadeza de sempre. Meio campestre e à inglesa, a marca vai trilhando um caminho particular, equilibrando urbanidade com tie dyes terrosos, tecidos acolhedores e peças clássicas, em um conjunto que transmite familiaridade como se pertencesse ao nosso passado. Conseguir este trunfo afetivo sem nenhum ranço de velharia é o grande feito da marca.

Adornos de pano


A natureza é uma das maiores fontes de inspiração tanto no segmento de jóias, como no de bijuterias, e para a designer de acessórios Priscila Gomes, proprietária da marca Prita Gomes, não é diferente. Há 15 anos no mercado, suas bijux têm como característica a utilização do tecido como matéria-prima principal, recurso bastante utilizado por grifes internacionais e também nacionais como a mineira Mary Design. Nos modelos de Prita, predominam estampas e formas de flores nas mais variadas texturas, tudo feito artesanalmente, o que traz um caráter de exclusividade e remete ao conceito de "roupa enfeite", valorizando contas, metais, fios e panos.

Vitrines de Natal


Você sabe por que as lojas de Natal costumam ser decoradas com verde e vermelho? A primeira razão é prática: no hemisfério norte, a data é no inverno, quando todas as árvores estão desfolhadas, exceto o pinheiro e o azevinho. Assim, para fazer qualquer ornamentação, costumava-se usar os galhos destas plantas, que, além de serem bem verdes, ainda contém pequenas frutas vermelhas. A segunda razão: o Natal referencia-se muito à figura do Papai Noel, cuja cor dominante é vermelho. Mas para Conceição Cipolatti, diretora artística da grife Cipolatti, vermelho e verde não precisam ser as únicas opções para a data. De acordo com Conceição, uma loja com projeto mais moderno e clean, deve usar o mesmo conceito no Natal. "Temos várias experiências onde usamos somente o branco com muitos brilhos, e mesmo assim, utilizando ícones tradicionais como Papai Noel, Trenós e Renas, só mudamos as cores", exemplifica. Para o uso de preto, a recomendação é que esteja aliado a muito brilho e iluminação com as econômicas lâmpadas LED. Viviana Hauck, proprietária da Hauckdecor, concorda com Conceição e nomeia duas regras para estimular as vendas na decoração de Natal. A primeira é estabelecer conexões das cores com uma forma tradicional natalina, como em um Noel divertido na cor preta e detalhes em branco. A segunda, é respeitar o foco e posicionamento da loja, sem usar cores muito vibrantes em uma loja sem posicionamento popular.